Viver Não é Preciso.

Passamos alguns dias pensando em como descrever aqui neste blog as nossas expectativas sobre o estilo de vida dos velejadores de cruzeiro que tanto almejamos. João Sombra, em seu livro Conversando com o Guardian, já o fez:
"É o desbravar de novos conhecimentos, de uma nova vida, na qual não há espaço para as mediocridades advindas do viver nos tumultuados centros urbanos.
É o viver na expressão mais ampla da palavra, saciando nossa fome de conhecimento e cultura.
É viver sem medo, traumas e tensões provocadas pela mente humana. Viver como aliados da natureza e suas incriveis nuanças."

terça-feira, 31 de maio de 2011

Água dentro do barco? Que beleza!

Para o friozinho de sábado.
Final de semana de tempo chuvoso e Mar ruim, viram? Ficar em São Paulo por causa disso, nem pensar. Além da estrada ficar livre (levamos 3h e 30m na volta de domingo), é excelente pra aproveitar e ficar no Pier pra Trabalhar. Tem quem não goste, mas é uma delícia de trabalho.
Que belo "escritório" não?

Com o kit básico dos víveres para sobrevivência definido e garantido, a Gláucia se dedicou a atualizar nossas listas de horas de navegação e dos itens que fizemos em melhorias e manutenções para atualizar o blog do Veleiro Refrega, e eu me dediquei a melhorar um dos grandes limitadores para se ter um passeio tranquilo e confortável num veleiro:  a quantidade de água dentro dele. Opa ... vamos esclarecer: Estamos falando de água doce dentro dos tanques ou água salgada, desde que saia somente pela torneira da pia ou pelos chuveirinhos.
Um pouco de alongamento é bom.
 O Refrega tem 4 tanques de água que totalizam aproximadamente 650 litros. É bastante viu. Num final de semana comum, quando pernoitamos entre 3 ou 4 pessoas, gastamos mais ou menos uns 200 litros. Isso sem fazer economia. Não era assim. Foi para as férias de Janeiro/11 que instalamos o 4º tanque de plástico flexível de 200 litros. Aumentamos pois na Ilha Grande tínhamos chance de abastecer somente no Saco do Céu e no Sítio Forte. Depois falo mais sobre as férias.

Instalei um "T" na saida do tanque
 Naquela ocasião, além da instalação deste tanque, instalamos também uma torneira na pia com misturador. Num registro sai água doce e no outro água salgada que é coletada diretamente do Mar através de uma válvula no casco em baixo da pia.  Isso gera uma economia tremenda de água doce, pois não fazemos idéia do quanto se gasta de água para lavar uma louça, por exemplo. Molho de macarrão é terrível. Então, para economizar a água doce, enxaguamos as louças e panelas com água salgada para tirar a primeira espuma do detergente (bio claro) e depois passamos água doce para tirar o sal.
Só que toda vez, ao final de nossos passeios, tínhamos de lavar esta outra bomba com água doce. Por uma questão de economia, não colocamos uma bomba especifica para água salgada. Logo, esta bomba teria uma vida útil reduzida se não "adoçássemos".
Uma bomba nova c/ entrada doce ou salgada.
Era na base do baldinho com água doce num cano extra. Para facilitar este esquema, e termos também a possibilidade de uma bomba de água doce reserva para a pia, colocamos um "Y" com dois registros, podendo agora essa mesma bomba, que utilizava água salgada, ser alternada para água doce também. Simples. É só remover uns forros, passar umas mangueiras aqui e ali, instalar uma bomba e pronto. Conforto e economia a bordo não tem preço. Principalmente quando é na base do "Faça Você Mesmo"!!!

Quem disse que fim de semana com chuva e ressaca no Mar não dá Praia!

Bejus e Bons Ventos!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Compra logo um veleiro!

É caro esse hobby? Hobby ... como assim !?
Hobby é colecionar selo! No mínimo poderiam chamar de esporte, não acham? Apesar da maioria dos Comandantes, praticantes deste ESPORTE, serem meio gorduchos, inclusive este Pirata que vos escreve.
Mas vamos lá..... Quanto custa manter um veleiro?
Os custos para manutenção e guarda de um veleiro estão ligados ao tamanho e o uso que você fará dele.
Vai comprar um veleiro? quando fomos comprar o nosso, mandaram que respondessemos estas perguntas:
Quer deixar em poita(uma bóia presa a um peso no fundo do Mar) ou píer?
Se for deixar na poita, por ser mais barato, seu veleiro fica meio largado em frente a Marina. Quando você for utilizá-lo, terá de ir de bote até ele ou pedir para o Seu Marinheiro trazê-lo para o Pier de serviço para embarcar. Para abastecê-lo de água e energia, você terá de utilizar também o pier de serviço, pagando pelo uso destes recursos a parte. Mas muitas Marinas sequer permitem isso. Já uma vaga no Pier, mais caro, vc tem direito a água e energia elétrica, além do conforto do embarque. É muuuuito mais legal.

Velejar ao sabor do vento! É estimulante.


 Vai fazer regata, só velejar durante o dia nos finais de semana ou vai pernoitar?
Esta escolha vai influenciar no tamanho e no tipo de veleiro. Sei que tem veleiros para cruzeiro, regata e os oceânicos. Tem veleiro que tem performance, mas é apertado. Tem veleiro espaçoso mas precisa de mais vento. Mas tem aqueles que são bons de espaço, bem construídos e ainda velejam que é uma beleza (também quero um desses). Além de você, seu bolso também será impactado com essa escolha.
Quantas pessoas vão usar?
Tenha certeza que no começo todos estarão bem motivados pra passear. Mas as vezes a família perde o interesse pela novidade, por medo, enjoo e outros tantos motivos. Mas as vezes não. Então, como antes de comprar seu veleiro você e sua família já devem ter passeado em charter ou alugando veleiros, já dá pra saber mais ou menos quem serão os tripulantes mais cativos.
Seguinte, do pouco que vi quando estava procurando o nosso veleiro, o tamanho que mais se oferece por ai estão entre 27 e 32 pés. Acima de 30 pés, cinco bem aventurados navegantes já podem até fazer uns pernoites. 

O pier flutuante da nossa Marina (preço bom) e algumas das poitas.

Falamos e  falamos mas não dissemos nada. Então é o seguinte: em Paraty o preço mensal de Marinas pode ser de R$ 15 a 30 reais/pé no pier. Em Ubatuba a média é maior. Barcos: o preço de veleiros de 30 pés, que são um excelente começo, pode ir de R$ 90 a R$ 120 mil. Ai o estado de conservação e equipamentos a bordo farão o preço oscilar em até 40% num veleiro de mesmo modelo e ano.
Tem um outro custo opcional. O Marinheiro. Vc pode ter todo o tipo de serviços feito por este profissional. Mas, o caso mais clássico são aqueles que limpam e ventilam seu barco durante a semana. Por volta de R$ 500 por mês.
Minha opinião é que tem muito "Hobby" (caracas!) por ai que é muito mais caro e pode (com certeza) não te dar a mesma perspectiva de futuro e de vida.

Bons Ventos  ~_/)

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O "X" marca o Tesouro.

Não ficamos independentes neste fim de semana. Mas pelo menos ninguém bebeu de uma das nossas fontes, pois a mega acumulou. Honestamente, do valor agora acumulado, bastava 10% pra cairmos no Mar pelo resto de nossas vidas. (Sem contar naquelas dias em que dá vontade de jogar tudo pro ar sem pensar em ... "grana" nenhuma mesmo!).
Pregamos que a vida no Mar favorece quem quer viver com o necessário, com contato com o mundo, culturas, relações humanas, a natureza e de forma relativamente barata. Dinheiro é a moeda de troca sim. Nossa outra fonte para independência é pelo Mapa do Tesouro.
Essa semana a empresa que trabalho publicou um artigo na revista interna sobre Dinheiro e Felicidade. Vejam:

"A chave da felicidade.
23/05/2011
Ter mais dinheiro vai me fazer mais feliz? Esta é uma pergunta que todos devemos fazer antes de nos lançar de cabeça na busca por sucesso material. Inúmeras pesquisas apontam que a relação entre dinheiro e felicidade não é tão estreita quanto parece.  
Um exemplo é uma pesquisa recente, feita pela Boston College entre americanos com patrimônio de 25 milhões de dólares ou mais. Os milionários entrevistados também sofrem de solidão, ansiedade e depressão. Ocorre que a fortuna não elimina a preocupação com dinheiro. Os ricos se preocupam com o risco de perder o que têm, em como seus recursos são investidos, nos efeitos que isso terá. E quanto mais zeros no saldo bancário, pior é o dilema deles. 
Outro estudo mostra que a correlação entre dinheiro e satisfação com a vida é muito significativa quando uma população aumenta sua renda até um poder de compra de 15 mil dólares americanos (aproximadamente R$ 1.900 mensais). Já em grupos com renda anual entre 15 mil e 50 mil dólares (cerca de R$ 6 mil por mês), a diferença no grau de satisfação existe, mas não é tão forte. Depois de atingido um poder de compra equivalente a 50 mil dólares por ano, o aumento da renda tem pouca ou nenhuma correlação com o aumento da felicidade. Com exceção de breves picos proporcionados por consumos momentâneos, que não chegam a elevar o nível de felicidade como um todo. 
Isso acontece porque entre os quatro fatores que compõem a felicidade – ter prazer, pertencer, engajar-se e transcender – o dinheiro só tem forte atuação nos dois primeiros. No terceiro, a atuação do dinheiro é muito pequena. No último, é nula.
 E você, já parou para pensar no que lhe faz feliz? Qual papel do dinheiro no seu nível de satisfação com a vida?"
Fonte: professor Jurandir Macedo

Pense bem e Bons Ventos

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Não vai dar praia :(

Optamos por um final de semana do mês ficar em São Paulo para afazeres diversos, ver amigos e parentes.
É o caso deste. Confessamos que é duro, pois a agitação é sempre grande a bordo. Muita praia, mergulhos, conversa sob o céu noturno e por ai vai!

.... quanta agitação!


Beijus e Bons Ventos




quinta-feira, 19 de maio de 2011

Aposentadoria do que mesmo?

As vezes eu penso que estamos "viajando" de tanto que pensamos na nossa "futura" vida a bordo (ela virá!)
O problema é que quando comparamos a vida que temos no cotidiano versos a vida que levaremos em cruzeiro, não dá nem para esperar.
Qualquer dia desse vou passar uns endereços de blog e sites de velejadores que estão pelo mundo. Será que é pedir demais querer viver longe de coisas que nos são impostas ao invés de buscar aquilo que realmente nos interessa. É fato que, de uma forma ou outra, todos queremos uma Vida simples, feliz, sem violência, sem consumo imposto ou habitual..
De repente me deu vontade de fumar o último cigarrinho, agora a noite, depois de umas taças de vinho. O que vi da calçada (pois é, claro que fumo na rua ao invés de em casa): Uma Lua enorme por entre as nuvens. Parece até que o céu se abriu para que eu a visse. Sacanagem dos Deuses!!!!! Muitos de nós nem se deu conta ou nem vai ver lua nenhuma, pois temos de trabalhar em casa, dormir pra acordar cedo ou ficamos trancados em casa por falta de segurança ou grana pra gastar na rua.
No lugar de vermos o luar e conversar com amigos, muitos de nós esta diante da tv acompanhando o noticiário imperdível para saber que o Arnold "Exterminador do Futuro" tem um filho fora do casamento. O Palossi ficou podre de rico em 4 anos. Não querem construir uma estação do metrô em higienópolis para não virar muvuca pros moradores do bairro; Uma menina de 18 anos matou um cara num motel, um caminhão capotou na Marginal; fora as propagandas do Extra, Hyundai e muitos outros carrões!!!!
Só queria avisar que HOJE É LUA CHEIA!

Bjus e Bons Ventos

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A vida começa aos 40!

Acabamos de falar que o Refrega não é nenhum veleiro top em termos de conforto. Tem uns itens que ainda vamos melhorar e outros não dá pra mudar. Mas ele é bem bom. Em seus 34 pés (*), tem um ótimo pé direito, uma bela cozinha/sala e uma plataforma de popa que chamamos de varanda! Afinal é A Casinha. É seguro e estável por ser de aço.
Existe uma expressão no meio náutico, adaptada de outro tema,  que é a seguinte: A vida começa aos 40! Isso quer dizer que, a vida a bordo de um veleiro se torna confortável a partir dos 40 pés.
Não tem como discutir, mas não é uma condição. Como o custo sobe de acordo com os pés disponíveis, além de outros itens acessórios, muitos colegas moram no veleiro que conseguem comprar e manter. Afinal  estilo de vida é de cada um. O que mais se vê por ai, com gente que mora ou não, são barcos de 30 a 36 pés.
Vejam fotos do espaço do Refrega no blog, acessando também pela foto a direita desta página. Da web, fizemos a coletânea abaixo de alguns interiores de veleiros pra se ter uma noção do que se pode usufruir, dependendo apenas do que julgue necessário ou do que tenha de $$$ disponível, claro!
(*) um pé tem 30,48cm


Um barco maior está na nossa meta!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Apologia ao Veleiro

Nosso barquinho já recebeu muitos visitantes. A maioria, nunca havia tido a oportunidade de conhecer um veleiro, saber os procedimentos, a rotina e os preparativos necessários para se passar apenas um final de semana a bordo.  Imagine para morar a bordo. 
Quando pernoitamos numa ilha ou praia a gente sempre compartilha com os “tripulantes” os sentimentos de liberdade, autonomia e simplicidade,. E isso na base do banho frio na plataforma da popa, o banheiro apertado e as camas na popa modelo “tape deck”! Imaginem se o Refrega fosse um Beneteau 40, Delta 36 ou Velamar 38. Mas, graças a Deus, não é a quantidade de grana ou o conforto envolvido que interferem nos sentimentos em questão. Pelo contrário...
Ficou evidente nos dois papos filosóficos deste domingão de Sol e caipirinha, com o Maurício e Priscilla (irmão e cunhada da Glaucia).
Estar a bordo é voltar a ser o provedor e controlador direto do seu ambiente. Seu barco é sua segurança e sua proteção. Tem de mantê-lo impecável. Em função do espaço restrito, é preciso carregar e abastecer daquilo que realmente é necessário e útil. 


Certamente estes “bens” visam suprir as necessidades básicas - tais como fome, sede, frio e calor - segurança e bem estar. Não tem espaço para supérfluos e coisas relacionadas com a aparência, status, ego ou qualquer sentimento que envolvam “os outros”.
A recompensa: Seu veleiro é seu próprio Porto Seguro e que te possibilita ainda a aventurar-se sem limites, a não ser aqueles para os quais você ainda não esteja preparado!

PETER PAN       &       PETER PARKER


... ia esquecendo a outra questão filosófica daquele dia. Qual o nome do repórter fotográfico que se transforma no Homem Aranha? Qual o nome do personagem que vive na Terra do Nunca, onde é capaz de voar com a Sininho? Pois é .... Por que pronunciamos diferente?... nem tudo é sério nessa vida.



 Bjus e Bons Ventos

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Perdemos um Cruzeiro!

Cada vez que vemos as chamadas de inscrições para regatas, encontros ou cruzeiros, ficamos agoniados.
Isso por que, como ainda somos dependentes financeiramente de nosso "lavoro", nossa vida de velejador e cruzeirista está resumida aos finais de semana e férias, o que nem sempre coincide com o calendário dos eventos.
Já me queixei disso antes não é ?!?!?! ...desculpem.

Neste caso, perdemos a chance de participar do Cruzeiro Costa Verde 2011 que a ABVC anunciou nesta data.


A partida será em Bracuhy dia 26/06/2011. Divulgo mas deixo meu protesto, pois a saída poderia ser no início de julho, mês das férias escolares. Acredito que meus amigos devem ter um bom motivo para ser nesta data.
Trata-se de um cruzeiro pequeno, de uma semana, que sai de Angra  e vai até a região da restinga.

A agonia passa, ainda mais que estamos indo passear neste fim de semana. Depois de uma caipirinha no Refrega, tudo se torna mais aceitável... rsrs

Saúde a todos!

Cruzeiro Costa Sul - 2011 (2) - Relatos da Cris.

Nós ainda não participamos de nenhum Cruzeiro. Para quem ainda não é do meio, ou novo como nós, saibam que é uma das melhores formas de se ganhar experiência na vela. Tem trechos (travessias) que inclui motorar e ou  velejar por 20 a 30 horas sem escalas.
Num Cruzeiro, organizado Pela ABVC como este, podemos contar ainda com apoio, companhia de outros velejadores e lugares programados para acolher o Cruzeiristas.
Tomo a liberdade de postar aqui partes dos e-mail que recebemos da Cris Berringer no dia 11/05, que está no Veleiro Arthi no Costa Sul (vide o outro post no histórico Cruzeiro Costa Sul), para que possamos dividir o dia a dia de quem tem este privilégio.

O Arthi. (pois é ...  foto tirada pela Cris)


"SAIMOS DE SÃO FRANCISCO DO SUL ÀS 8HS DA MANHÃ E  ÀS 10HS, EM JOINVILLE, JÁ ESTAVAMOS DEVIDAMENTE ANCORADOS NO PIER, E DENTRO DO ESPERADO : QUASE NO ESTOFO DA MARÉ. O CAMINHO É POR DENTRO DO CANAL, RESPEITANDO A MARÉ POIS EXISTEM MUITOS BAIXIOS.
FOMOS MUITO BEM RECEBIDOS PELO PESSOAL DE APOIO DO IATE E ESTAR EM UM PIER FLUTUANTE COM ÁGUA, LUZ, INTERNET E TODAS AS MORDOMIAS É SEMPRE MUITO BOM.

POR ESTARMOS NO PIER AS CONFRATERNIZAÇÕES SEMPRE FICAM MAIS FÁCEIS. HOJE, NO FINAL DO DIA, FIZEMOS UM ENCONTRO NO VELEIRO X -PA  COM DIREITO AO VADO NO VIOLÃO E MOLINA NA GAITA. REGADOS A BEBIDINHAS E PETISCOS,  CHEGAMOS A ESTAR EM 16 A BORDO, COM MUITO CALOR HUMANO NUM 37 OU 38 PÉS, .....  RS RS RS  
AMANHÃ SAIREMOS PARA A CIDADE EM COMITIVA,  PARA UMA EXPLORAÇÃO. A NOITE TEREMOS O JANTAR OFERECIDO PELO IATE CLUBE DE JOINVILLE.
  
NÃO SABEMOS AINDA ATÉ QUE DIA FICAREMOS, VAI DEPENDER DA FRENTE FRIA QUE ESTÁ ENTRANDO NO SUL. AQUI ESTAMOS SUPER PROTEGIDOS, MAS QDO ENTRA A FRENTE, PODE DURAR 3 A 4 DIAS. TEREMOS QUE ESPERAR ENFRAQUECER OU PASSAR.
POR HOJE É ISSO, AS COMEMORAÇÕES ME DEIXARAM COM SONO.
BJS
CRIS
POR ESSES DIAS POSTAREI MAIS FOTOS NA WEB"

 
Só digo uma coisa, Cris: Eita vidinha mais ou menos!!!


Bons Ventos.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Uma descoberta: Tem água no porão!

Sabe o “Trabalho” que comentei no post anterior? Tudo começou assim:
Conversando com uns Comandantes por ai, umas das coisas que sempre nos mandam fazer é:
 “Vocês tem de inspecionar o porão do Refrega!!! Antes e depois dos passeios!!!”
... Caraca ...que chatice ?!?!? Nem tanto, e isso já virou automático pra nós.

São muitas mangueiras e válvulas.
 É uma medida de segurança para verificar o estado das diversas mangueiras de água, conectores e fios elétricos, bombas de esgotamento de água, as válvulas de água salgada e um monte de outras traquitanas que ficam abaixo do piso.
Além disso, tem de procurar possíveis objetos pequenos soltos, tais como: cabelo e os respectivos elásticos, grampos e presilhas (e olha que sou careca!), moedas, pedaços de fios, fitas isolantes e tudo mais que teimam em cair por entre o piso e que poderão danificar ou entupir as bombas.
Outra coisa que podemos encontrar no porão é água. Caaalma... !!! Nem sempre isso quer dizer que você esteja afundando.... ainda. É muito comum encontrar um pouco de água em diversos barcos e que ainda estejam boiando.
Achou ruim encontrar água no porão? ...... saiba que você vai ter de provar!!! Só assim pra saber se é doce ou salgada. Pelo menos é o jeito que meus “colegas” da vela disseram pra fazer. Mas você pode pedir que uma visita / tripulante prove, sob o pretexto de ensiná-los sobre os macetes de ter um veleiro ou pedir a opinião de seu marinheiro....   

"Muitas janelas".
Se for doce, na maioria das vezes é da chuva que penetra pelas trincas ou borrachas ressecadas das vigias e gaiutas, pelo mastro (nos que atravessam o convés) ou de vazamentos dos próprios tanques e mangueiras de água.
Desde que compramos o Refrega, percebemos que teríamos de investir tempo e dinheiro em reparos nas gaiutas e vigias. As 14 vigias e 4 gaiutas deixam seu interior bem iluminado e arejado. O outro lado da moeda é que na hora de fazer manutenção, para controlar as infiltrações, já viu o trampo que pode dar.
Com a grana meio curta, o remédio tem sido o uso de um dos "equipamentos" obrigatórios de se ter em todos os barcos: O Silicone. O reparo definitivo entrou para a lista de manutenção.
Se for água salgada pode ser mais grave, já que tem bastante no oceano em volta do barco. Pode vir das mangueiras de refrigeração do motor, da junta/parafuso da quilha, da gaxeta, dos registros de entrada de água do mar (para motor/pia), etc.

Este é o suporte da gaxeta no eixo da hélice
Vimos então que a água era mesmo salgada (arght!) e que vinha da gaxeta.
Gaxeta é um tipo de cordão que envolve o eixo que vai do motor até a hélice propulsora, vedando o furo do casco. A última vez que trocamos e ajustamos as gaxetas foi no começo de Janeiro/11, nos primeiros dias das férias. Estamos falando de aproximadamente 200 horas de uso sem mexer. Até que aguenta bem.
Veja no blog Veleiro Refrega 34 mais detalhes deste conserto, no nosso estilo “faça você mesmo”.

Bons Ventos!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Trabalho e lazer........

Pois é, com a maioria dos velejadores é a mesma coisa. Tem momento de trabalho mesmo no seu momento de lazer. Manutenção no barco é coisa séria e constante. E pra quem trabalha num escritório, até que fazer muitos dos serviços no barco é uma delícia.
Falei que é com a maioria, por que tem muitos que tem um pouco mais de grana e dá pra contratar todos os serviços necessários.
Isso é de cada um.
Tô falando isso por que neste fim de semana tivemos de arrumar umas coisas no sábado pela manhã. Conto os detalhes outra hora.
Ralamos até umas 13h, e tivemos de zarpar as pressas da marina por que a maré estava ficando bem baixa e podíamos ficar presos na vaga até umas 17h, quando ela voltaria a subir. O Sábado ia pro vinagre .... e o churrasco ?!?!?! 

Pra quem não sabe, tem um negócio chamado Tábuas de Marés. Ela é publicada pela Marinha. Ela indica um valor, em metros, que deve ser somado ou subtraído da profundidade indicada na Carta Náutica. Escapamos e fomos abastecer, fazer o churrasco e pernoitar no Engenho.E é ai que vem a dica. Nós gostamos de comer só  carne, às vezes rola uma saladinha por insistência da Glaucia.
Alguém ai gosta de farofa? Pra fazer no barco, nem pensar. O ideal, nestes casos, são as prontas. Mas a maioria é muito temperada, condimentada e não muito saudável. (.....é discutível). A salvação veio da Glaucia que sempre busca algo que agregue para a saúde, mesmo nas coisas consideradas pé na jaca pelos adeptos a saúde. Encontramos uma farofa feita de soja. Contém proteína, sem colesterol, zero gordura trans e fonte de fibra! e acreditem: É uma delicia!

O Sol deu o ar da graça no final de semana. Domingo encontramos no caminho de volta para a marina vários conhecidos que aproveitaram o bom ventinho que rolou à tarde.

Um final de semana perfeito.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Um ano de vela.... quase nada!

Já dissemos que em maio fez um ano que o Refrega chegou, passou por "funilaria e pintura" pra ser colocado nas águas de Paraty.
Muitas águas rolaram. Motoramos, velejamos e "pieramos" muito. Pierar é ficar na marina fazendo melhorias ou manutenções. No Refrega fizemos muito disso, principalmente quando estávamos nos preparando para os 25 dias de férias de janeiro/11. Mas essa nossa primeira grande cruzeirada será uma história a parte.
Vamos resumir que neste 1 ano foram muitas descobertas. Onde ancorar, como ancorar, os fundeios de boa tença, de onde o vento vem, como se abrigar e regular velas foram uns dos aprendizados. Como tudo era novidade (ainda é), tudo era muito emocionante e gratificante. Até mesmo aqueles dias meio chuvosos que aproveitávamos pra fazer serviços na marina e dentro do barco.
Mas os passeios foram os pontos altos, claro. Tivemos a companhia da família e amigos em muitas ocasiões. A nossa euforia quando falávamos de nossos passeios era tanta e contagiante que, quem podia, queria ver isso de perto.
Também curtimos muito só nós dois. Esse é um "detalhe" importante. Para um casal viver num veleiro, os quesitos básicos para um bom relacionamento são colocados a prova. O amor, respeito, cumplicidade, amizade e outros tantos sentimentos são exigidos em dobro, em função do espaço resumido e a convivência "forçada" diária, mesmo que vc ou ela estejam naqueles dias azedos, virados ou sem vontade de olhar pra própria sombra. No veleiro você tem de dividir até o ar que respira, as vezes literalmente, pois pode estar chovendo e frio lá fora sendo melhor nem abrir uma vigia!!
De fato vemos muitos e muitos barcos com famílias inteiras ou só casais. Alguns só em final de semana. Muitos outros, sortudos moradores. Mas sabemos de muitas histórias de pessoas que compram um belo veleiro, com lugar e conforto para a família toda, mas a coisa não engrena. Alguém sempre enjoa, outro não curte muito o Sol ou as viagens e preferem o convívio e lazeres urbanos, os filhos adolescentes geralmente não curtem. Ai, transformam-se em velejadores solitários de fim de semana.
Existem muitas regras para viver no mar. Digo que nós estamos nos conhecendo neste ambiente. Aprendendo a respeitar as virtudes, limites e características de cada um. Um cozinha o outro lava. Um seca o outro guarda. Um traça a rota e pilota e o outro pega no pesado com velas e cabos (o "outro" é sempre eu!!!..... brincadeirinha meu Amor!!!).
Bons Ventos

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Cruzeiro Costa Sul - 2011 (1)

Desde a criação deste blog, temos postado nosso histórico de iniciação na vela. Mas, me permitam incluir outros assuntos interessantes. 
A bordo do Arthi

O 3º Cruzeiro Costa Sul zarpou de Bracuhi (Angra dos Reis), com destino a Florianópolis - SC, no dia 22/04. Tal percurso totalizará 480 milhas. Pelo que vimos, pois participamos do churrasco na Ilha da Cotia (Paraty) no dia 23/04, tinha lá uns 13 veleiros. Não eramos penetra einh !!!!!..... era um evento também do pessoal do Navclub, no qual fazemos parte.
Mas tinha um motivo muito mais importante: nos despedir da Cris Berringer que está tripulante do Arthi. Inclusive no sábado foi também o niver dela.... (tá vendo, não faltou motivos para filarmos o churras!!!)
A Flotilha da Cotia!

Um detalhe : O Arthi é o maior veleiro do evento. São 45 pés de aço cujo astral da tripulação é top de linha. Também,  Germano e Lúcia contam com a Cris, o Fábio (Vagabundo) e ainda o Sérgio, irmão da Lúcia,. Um belo barco que nos recebeu naquela noite para o devido brinde com bolinho para a Cris.
Segue o link para acompanhar esta viagem pelos "olhos da Cris".
Meus caros ..... o triste foi na manhã de domingo (24/04) .... por volta das 6 da manhã todos zarparamos sob um belíssimo nascer do Sol rumo à Ilha Bela ..... só que nós tomamos o rumo da nossa marina em Paraty...... (por enquanto!!!!).
A partida para Ilha Bela (sem nós!!!!..sniff)
Bons Ventos!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Por que Paraty? ...é longe!

Regata de São Pedro 2010 (até participamos!)
Querem saber de uma questão que nos deu leves dores de cabeça, ainda quando estávamos procurando o nosso veleiro? Onde deixá-lo ?
Para quem mora em São Paulo, como nós, parece "lógico" ficar no Guarujá, Ilha Bela ou Ubatuba. Pode ser lógico para quem pensa na questão do tempo de viagem, km a percorrer ... ou seja, para quem pensa na praticidade.
Então ... devemos lembrá-los que, no assunto vela, desde o início a praticidade não era um quesito de peso para nós. A prova disso é que compramos um barco em Salvador... preciso dizer mais ?!?!?!..rs.
Paraty, apesar dos 310 km que a separa de SP, nos parecia indiscutível a quantidade e a beleza de praias e ilhas em águas abrigadas para se passear. Para quem é marinheiro de primeira viagem, e aqui não é uma figura de linguagem, a geografia da baía de Paraty/Angra dá a chance de velejar (quando tem vento...) sem muitos riscos de rajadas, mar agitado e outras coisas que podem assustar quem veleja em mar aberto, como é o que acontece mais frequentemente no Guarujá, no canal de Ilha Bela ou mesmo em Ubatuba.
Vamos para Paraty, decidimos. Mas o principal argumento que consideramos veio por parte da Cris Berringer, que desde o início também nos ajudou no processo de compra. A maioria dos velejadores que ela conhecia, e muitos deles já vínhamos tendo contato por e-mail ou encontros na ABVC, ficavam na região de Paraty ou Angra.

Para quem tá começando, ter amigos por perto é muito legal,  importante e útil.

terça-feira, 3 de maio de 2011

O Mar de Paraty

Pois é, depois de toda a saga pra trazer o Refrega (vide página O Veleiro Refrega), passamos a descer pra Paraty todos os finais de semana. São só 310 km de ida mais 310 de volta... aproximadamente. Já se passou um ano, mas ainda não nos cansamos desta "rotina".....rsrs. Pela Oswaldo Cruz é o melhor caminho.

Costumamos sair no sábado por volta das 4 da manhã. Sem trânsito fica fácil chegar lá pouco antes das 8h. Voltamos no domingo mais a noitinha. Perdemos o Faustão e o Fantástico.... triste né ?!?!?!. Quando minha filha vai junto, procuramos voltar um pouco antes.
 
Às vezes presenciamos um lindo nascer do sol!!!