Cruzeiro Costa Leste 2012 - Inscrições Abertas.

Um Grande Evento da Vela de Cruzeiro. Ocorre a cada dois anos!

Logo, este é o segundo Cruzeiro Costa Leste, organizado pela ABVC, que parte desde que nós compramos o Refrega.
Veja abaixo que parte do Rio de Janeiro e vai até Salvador. Ir nessa? hummmmmm .... bem que daria, pois no momento nossa função profissional é de "Procuradores do Estado de São Paulo"(*). Mas a gente ia ter de fazer muita coisa no Refrega pra tal viagem. E ainda tem outro detalhe: a gente não tem experiência de mar aberto pra encarar isso ... ainda.
Mas tem uma outra forma de ir -  Um Convite como tripulante em um veleiro!

A ABVC apresenta o programa do CRUZEIRO INTERNACIONAL DA COSTA LESTE 2012. O Costa Leste é um cruzeiro bienal (anos pares) ao longo da costa leste do Brasil (Rio - Salvador), que vem acontecendo há mais de nove anos com enorme sucesso. O principal objetivo é levar veleiros de comandantes iniciantes integrados em flotilha com outros, de maior experiência, pela costa, com segurança. A organização do Costa Leste prevê tempo necessário para a participação na regata Aratu-Maragojipe (www.aratuiateclube.com.br) e também na Refeno (www.refeno.com.br). Quem quiser aproveitar a estadia em Salvador, poderá participar do X Simpósio de Segurança do Navegador Amador. PROGRAMA PRELIMINAR COSTA LESTE 2012** CHEGADA LOCAL SAIDA Iate Clube do Rio de Janeiro 07/jul 08/jul Iate Clube Armação de Búzios 11/jul 13/jul Iate Clube do Espírito Santo 18/jul 20/jul Abrolhos 22/jul 23/jul Santo André 27/jul 28/jul Ilhéus 31/jul 31/jul Camamú 05/ago 05/ago Morro de São Paulo 07/ago 07/ago Salvador 09/ago 09/ago Aratu Iate Clube 18/ago Regata Aratu Maragojipe 19/ago 31/ago Simpósio segurança 02/set 15/out Refeno (**) As datas e portos estão sujeitos à alterações antes e durante o percurso, em função da largada, da meteorologia e da organização. Paradas adicionais ou divisão da flotilha serão decisões da organização sempre em função das condições de segurança, calado e capacidade de fundeio do local. O que está incluído e o que não está na inscrição que vou pagar ?  O principal objetivo do Cruzeiro Internacional da Costa Leste é proporcionar aos velejadores menos experientes uma navegação segura e uma experiência de cruzeiro de longo curso. Para isso é preciso criar uma estrutura, o que tem um custo. Além disso, o cruzeirista também receberá um kit com pelo menos uma camiseta e uma mochila além de poder participar da programação social que está sendo preparada e uma apostila contendo diversas informações técnicas com dicas, waypoints e orientações de preparação. Esses são os principais motivos da cobrança dos valores. Para criar essa estrutura, muitas pessoas trabalham de maneira voluntária há muito tempo, e continuarão trabalhando durante e após o cruzeiro, em planejamento, logística, contatos, organização de eventos, festas, elaboração, execução, transporte e entrega de brindes, organização e controle de inscrições, relação com cada um dos pontos de parada (são previstos 12 além da largada e chegada), tendo gastos com combustível, telefones, passagens e outros, para consolidar as relações com as instituições e pessoas envolvidas, tudo para que o participante possa usufruir dessa experiência sem ter que pensar em outras atividades que não seu próprio planejamento de cruzeiro. O principal benefício portanto é a participação oficial no Cruzeiro Internacional da Costa Leste, decorrente de toda essa experiência e organização prévia dos organizadores e usufruir da estrutura preparada. Em caso de conseguirmos patrocínios e/ou apoios, esses benefícios serão ampliados e a previsão é de participar também de pelos menos duas festas (largada e chegada), e de outros eventos durante o cruzeiro, como churrascos e cervejadas. Os valores da inscrição da embarcação conforme especificado no Regulamento incluem a inscrição do Comandante. Não estão incluídas quaisquer taxas de inscrição em regatas festivas (inclusive Refeno) ou taxa de preservação do IBAMA em Abrolhos que deverão ser arcadas por cada um dos comandantes e/ou seus tripulantes, bem como demais despesas pessoais ou relativas aos veleiros participantes nos Iate Clubes e locais de parada, como passeios, transportes, ingressos, alimentação, bebidas, água, lavagens, banhos ou outras que possam surgir durante a realização do cruzeiro. (*) Procuradores de Emprego do Classificados do Jornal O Estado de São Paulo. Boa Semana e Bons Ventos

Carga Pesada!

26 anos e 6 meses..... o momento de abrir um parênteses!

Este é o tempo que eu dediquei com atividades profissionais em Oito Empresas diferentes.
Errei em poucas,  ACERTEI em muitas e me perdi em outra. Nestes últimos anos tomei conhecimento de que é fundamental estar em sintonia com aquilo que se faz. Só assim a frase de Confúcio sobre o trabalho faz sentido: “Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida.” Lá no início não tive "Tempo" pra pensar nisso. Quando me dei conta o salário é quem me guiava e me fez chegar até aqui.
Não há dúvidas que a proximidade com o Mar e com quem vive por lá alterou algo forte em nós. Tudo na vida tem seu tempo e seu preço. Então resolvi Recomeçar. Quem sabe numa nova Empresa, que só me falta encontrar e avisar que tô indo..... ou quem sabe com a aventura de fazer algo próprio neste Pais.  Viso mesmo é Não Fazer Nada .....  Nada além do que goste e julgue que esteja agregando, me satisfazendo e realizando. Leve e com a SORTE de contar com apoio da minha tripulação!

A partir de agora, abre-se realmente um Mundo de Oportunidades NOVAMENTE! É cedo ($$$) ainda pra virar um Velejador Cruzeirista de carteirinha, mas não é tarde pra reconhecer que tenho um pouco mais de clareza sobre os meus valores, que posso dedicar minha energia e potencial para Trabalhar naquilo que é importante também pra minha vida e minha família. Quero que Remuneração seja consequência.

Bjus, Bom Trabalho, Boa Sorte e Bons Ventos a todos.

OBS.: Na verdade quando eu estava no primário a professora pediu que desenhássemos a profissão escolhida: desenhei um belo Scania LK 140 ...  Eu queria ser caminhoneiro! Eu sempre gostei de viajar, de coisas novas e ver o que tem além da próxima curva ou do horizonte. Caminhoneiro é quase que um velejador do asfalto. Curiosidade: Só agora alteraram a lei permitindo que deficientes físicos tenham Habilitação (CNH) nas categorias profissionais (C,D e E).

Filosofia à Vela: DESEJO!

Tradicionalmente, o desejo pressupõe carência, indigência.

Um SER que não caressesse de nada não desejaria nada, seria um ser perfeito, um DEUS. Por isso Platão e os filósofos cristãos tomam o desejo como uma característica de seres finitos e imperfeitos.

Segundo a definição acima encontrada na wikipédia, nós nem deveriamos ir ao Rio Boat Show de 2012 neste fim de semana, pois já temos o Refrega e não Desejamos um Bavária, nem um Beneteau  e muito menos um Jeanneau ....... afinal, somos seres Perfeitos.
Mas, um ser Perfeito em vez de DESEJAR pode QUERER? ... ahã! Querer ajuda o Universo a conspirar a nosso favor nos trazendo caminhos e oportunidades para Materialização. Quando nos colocamos à frente com atitudes, influenciamos o tal do QUERER É PODER! Beleza, Perfeitos ou não, Queremos sim um barco maior para que possamos - quem sabe quando - fazer uma Grande Viagem e realizar o tão sonhado DESEJO de Morar a Bordo(*).

As malas já estão prontas e os ingressos garantidos pra ver e querer qualquer um daqueles veleirões. Pena que ainda tem poucos em exposição. Mesmo assim,  O Boat Show no Rio me parece muito maior e mais bonito que o de Sanpa. Nos vemos lá?

Bjus e Bons Ventos.

(*) Dica: escrever o que se QUER várias vezes pode ajudar, pois o Universo com certeza também sabe ler!

Já Passou a Páscoa?

Coelhinho da Páscoa o Que Trazes Pra Mim? Um Ovo, Dois Ovos, Três Ovos assim!

Nunca mais eu ouvi esta música. Pensando bem era chatinha e tinha cara de jardim da infãncia.

A nossa programação nesta Páscoa foi de adulto: Caça ao Ovo de Páscoa na ilha da Cotia, Churrasco, Cerveja, pega pega e esconde esconde! O PessoALL sempre faz este encontro cujo "pano de fundo" é falar, falar e falar sobre a vida, as experiências e os projetos de cada um. Só não se fala de trabalho! Acho que, no fundo, todo velejador é um Vagabundo de Carteirinha que se encontrou e se encantou - mais cedo ou mais tarde - com a vidinha simples, Pé no Chão, Cerveja e comida barata de supermercado. O limite de ir e vir está na sua Experiência, Vontade, Disposição e uma pitada de Coragem.

DiBoa, Sweet, Bepaluhê, Black Swan, Tuareg e muitos outros da ABVC jogaram ferro na pequena baia. O bom é aproveitar a acolhida que cada um faz em seu Barco. Muitos vem no Refrega e nós também não perdemos a oportunidade de aceitar o convite dos velhos amigos, e também dos novos, pra conhecer os barcos, conversar e bebericar. Esta embarcamos no Bepaluhê da Betinha e do Paulo. Foi uma acolhida mais que agradável. (eu sou facinho pra ficar sem cerimônia). Pudemos ver o que é um barco Brasileirão bem construído e muitíssimo bem acabado. Parabéns ao casal que vai longe, e confortavelmente, em busca de seus sonhos.

Também neste fim de semana abriu-se pra nós uma Janela de Tempo e vemos que Há um Farol no horizonte que poderá nos guiar. Estamos propensos a ampliar nossos limites de Navegação e de Vida.

Bons Ventos meus Amigos.

O Caribe é Aqui.

Aqui tem Sol, Mar Azul, Ilha Paradisíacas, Verão o Ano Todo e ... Furacões ?!?!?!?

Ai Caraca! No dia 24/03 passado, uma tempestade veio pra provar que cada vez mais precisamos ficar alertas com a Meteorologia e a segurança a bordo e nas ancoragens. Esteja sempre preparado para o pior. No verão, cansamos de deixar o barco aberto, com uma capinha pra proteger do Sol e coisa e tal e vamos passear na Praia. Em menos de 10 minutos o tempo fecha e pode ser uma correria pra segurar o barco e os pertences que ficam a mercê do vento e da chuva. O Hélio do Maracatu publicou em seu blog o relato do Webber - Veleiro Acauã que estava em Búzios no dia desta tempestade. 

Peço licença aos dois para divulgar aqui também, pois no mínimo serve de "aula" pra pensarmos no que acontece com o barco nestas condições e o que precisamos fazer e estarmos preparados.

"Sempre soube através de relatos de amigos que em Búzios venta quase que diariamente.  Antecipadamente  por recomendação do Maracatu e outros navegadores aconselham-me que o melhor lugar com menor influência dos ventos  e marolas seria a Praia dos Ossos, embora pequena e congestionada. Acatei e aqui estou, pois quem não sabe escuta quem tem experiência. Já no segundo dia tive que sair tastaviendo da cama, pois o GPS acionou o alarme de ancoragem e dito e feito, já estava entre as escunas, já começa a correria no convés que se faz necessário.



Webber



Coloquei de pano de fundo no notebook, um programa  que abre o meteograma automaticamente (isto para não esquecer, até criar o hábito de averiguar as condições climáticas nas primeiras horas do dia). Assim estava funcionando, quando no sábado pela manhã (24/03) o meteograma mostrou formação de nuvens pesadas e ventos forte para o final da tarde, o VHF também confirmou a chegada de ventos fortes no final da tarde. Aproximadamente às 12:00 h  levantei ferro da Praia dos Ossos para  jogar novamente no meio da Orla Bardot, já que pouco importava onde ancora-se, pois todos estão vulneráveis a ventos do quadrante Leste. Obviamente  que reforcei a ancoragem, joguei dois ferros em linha, no mesmo cabo, dei 50 metros e fiquei separado a pelo menos 200 metros do último barco, estava mais sozinho que filhote de perdiz, pensei, esta gente depois que este vento passar, irá pegar o meu pé dizendo todas as gracinhas que vocês bem conhecem.

Eu nunca tinha visto uma sequência tão grande de raios e trovões e cada vez mais próximo,  escureceu totalmente, exatamente às 18:45 h escutei o forte barulho da chuva chegando, olhei para fora e não pude acreditar a massa de água vindo. Corri para o leme e liguei o motor quando o vento chegou,  o barco aproado a este vento achatou-se na água, como se uma grande mão tivesse se apoiado sobre o convés, aquilo acelerando cada vez mais. De repente passa por mim, como se fosse uma bala, o capacete de fibra da clarabóia do banheiro, que é fixado com sikaflex e o diabo do vento arrancou – se me pega no rosto o estrago seria grande! O capacete passou toda extensão do barco, bateu no suporte do motor de popa e levantou voo, e nunca o vi encostar na água, como se fosse um papel toalha. O barco neste instante adernou, pasme 45 graus!, e não voltou mais. Totalmente adernado, obviamente virando um caos dentro do barco (caiu tudo de bombordo), eu vi a cruzeta encostar na água e o maldito não subia, isto me atormentava, não podia crer no que via. Aumentei o giro do motor, pois eu já tinha dado avante, mas o que adiantava se o barco estava adernado? E assim fui de lado para a praia, como um tronco seco em córrego, passando entre as escunas totalmente adernado, soltando pedaços de toldos, bandeirolas, coletes, pedaços de madeiras (que não sei de onde surgiram), e neste ínterim, já preferindo abalroar uma escuna (ao menos seria uma parede), mas não parei, passei direto.

Ao chegar à praia a quilha encostou no fundo piorando ainda mais a adernada, ai sim a cruzeta entrou até a metade na água e ficou. O bote estava a contra bordo (do lado de boreste, que adernava), acreditem, ele só não embarcou no cockpit pela lateral por causa do último cabo de aço do púlpito, o Acauã literalmente deitou sobre o bote, o costado do bote arrancou a bóia circular do barco que fica lá em cima, mais da metade da altura da targa. Caos total quando o mar entrou por toda a lateral do cockpit, que não tinha vazão suficiente, fiquei dentro de uma piscina, tão cheia que a água tomou conta da gaiúta de entrada, fazendo uma pequena cascata nas escadas e obviamente preparando aquela grande sopa com os utensílios que estavam todas no paineiro, esperando o barco sair da maldita posição. Mas quando a desgraça se apresenta ela tenta ser completa, digo isto por que além do barulho do vento as duas malditas sirenes dos automáticos  das bombas e porão, ligadas pelos motivos óbvios (senti-me na cabine de comando de um Boeing caindo com o alarme sonoro avisando: tu vai te dar mal!).
Quando o vento diminuiu o barco tentou ficar equilibrado, mas a quilha batia no fundo e com as ondas parecia que a quilha iria empurrar os paineiros. Bem, depois de 20 minutos de terror, parou total, até mesmo a chuva se foi. Aí eu coloquei uma ancora no través, amarrado na ponta de uma adriça e com a catraca eu adernei o barco (minha habilidade nem perto da natureza neste quisto), mas o máximo que pude fazer. Com motor a pleno, leme no meio, eu na proa puxando o cabo de ancora que nem um doido, achava que minhas costas iriam rasgar-se ao meio, consegui desencalhar isto era quase 23:30 h. Voltando a águas mais profundas, foi a hora de olhar os estragos: um monte de eletrônicos boiando, perdi um monte de utensílios para o mar e até a geladeira parou, pois ficou dentro da água. Mas estou tentando colocar tudo em ordem, é a vida de quem esta no mar.
Todos nós já passamos por coisa parecida, isto é apenas um relato (por que não dizer um desabafo), para dividir com o amigo esta peleia, apesar das grandes avarias no barco e a grande perda de materiais, estou flutuando novamente. Arranhado um pouco no costado, mas nada importante. Com ventos de 55 nós, até minhas bombachas eu não sei aonde foram parar! Molhado, moral avariado, mas não se mixemos pros homens, pois não está morto quem peleia meu amigo. Saudações."

Mas é assim: é muito mais perigoso ir sacar uma Grana no Caixa Eletrônico ou atravessar uma rua fora, ou não, da faixa!..rsrs Essas histórias não podem desencorajar os iniciantes nem desestimular os iniciados. Faz parte e basta estar o mais atento e preparado possível.

Bju e bons Ventos Moderados.