Viver Não é Preciso.

Passamos alguns dias pensando em como descrever aqui neste blog as nossas expectativas sobre o estilo de vida dos velejadores de cruzeiro que tanto almejamos. João Sombra, em seu livro Conversando com o Guardian, já o fez:
"É o desbravar de novos conhecimentos, de uma nova vida, na qual não há espaço para as mediocridades advindas do viver nos tumultuados centros urbanos.
É o viver na expressão mais ampla da palavra, saciando nossa fome de conhecimento e cultura.
É viver sem medo, traumas e tensões provocadas pela mente humana. Viver como aliados da natureza e suas incriveis nuanças."

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Ilha do Cedro ?!?! ..... Hummmm ... num vô não!!!!

Uma Maldição na Ilha? Azar da Porra? Descuido? SINA? Pé frio? Puta SACANAGEM? Barberagem? Olho GRANDE? Inexperiência? etc, etc ????

Não sabemos ao certo qual destas palavra (se não todas !!!.rsrs) descrevem as mer.... digamos, as "coisas" que passamos em nossas últimas ancoragens na Ilha do Cedro. Caraca! Na dúvida, achamos que vale a pena tirá-la de nosso roteiro por algum tempo. 



Foram assim: 

A última foi no Carnaval. E olha que Nós nem tínhamos bebido (tanto!). Umas 22 horas, já todos recolhidos em suas "casinhas", quando eu e a Glaucia fomo sacudidos do cockpit devido a uma pancada na lateral do Refrega. Um tremendo susto, pois não ouvimos ruido de motor nem nada anterior a pancada. Quando olhamos na lateral de bombordo, uma traineira abalroada, sem nenhuma luz e com o motor desligado. Nos resumimos apenas a perguntar como que aquele F....da ..... não viu a gente? Não tinha mais o que fazer, pois o prejuízo com certeza ele não ia cobrir, no máximo a gente ia brigar e ficar exposto, pois nem sabemos ao certo que tipo de pessoa era. Ele saiu se desculpando e coisa e tal.... A tá!.
Lição aprendida: A luz de TOP não basta. Agora, depedendo do movimento e do lugar, vamos deixar uma luz a mais iluminando o costado ou o convés.

Além da mancha, afundou o costado. E se fosse fibra?


E antes disso, no final das férias, nos encontramos lá com a turma (SWEET, Horizontes, Tangata Manu, Napoleão e outros). Jogamos o ferro com uns 20m de corrente (lá é raso) e juro que dei ré no Refrega pra ter certeza que tinha unhado. No final da tarde o vento virou forte, com uns 25 nós pelo menos, entrando totalmente oposto à direção que ancoramos. Eu acredito que o Refrega tomou embalo (7,5 ton) e deve ter atropelado a âncora, fazendo com que a corrente a levantasse do lodo. Dizem que nossa âmcora não era muito boa (CQR). Tendo a pensar que sim, pois já tomamos outro susto grande no Abrahão (Ilha Grande). Nosso amigo Jair (My Toy) trocou a sua por uma BRUCE pelos mesmos motivos. O pior é que estávamos na praia quando percebemos  que o Refrega tinha garrado (soltado). Foi uma correria e quando conseguimos embarcar, ele já estava próximo ao Veleiro Horizontes, só dando tempo mesmo de segurar os barcos e colocar defensas pra tentar proteger os cascos. Nosso leme enroscou na corrente do Horizontes, onde ficamos presos por uns 15 minutos. Só conseguimos soltar por que o vento deu uma pequena trégua, justo na hora em que decidimos que era melhor o Paulo dar um avante no Horizontes pra tentar folgar a sua corrente. Foi nós pra um lado o bote pra outro, mas no final tudo certo, sobrando algumas avarais no casco do Refrega devido ao raspar da corrente e uma pequena cicatriz azul no Horizontes. 


O Ricardo e Diana tiraram as fotos acima (click para ampliar) e nos enviaram com o seguinte texto:
"Luiz e pessoALL,

Demorou mas aqui estão 3 fotos.As demais estão quase iguais.
A primeira, durante a refrega dos veleiros... (não resisti ao trocadilho).
A segunda a Diana tirou com um herói anônimo que devolvia o bote... por pura humildade e desapego não voi citar meu nome. Nem sei quem fui... quem sereri???
E a terceira com ar de vitória do homem (ainda que mulher) sobre a máquina (ainda que veleiro)...

Abraços e até a próxima cerveja ! (Carnaval?)
Ricardo"
Realmente o sorriso da Glaucia, com o sinal de positivo, nos distancia da sensação ruim que passamos pela correria e, principalmente, pelo temor de causar algum dano ao barco do Paulo.

A lição aprendida ? Bom, trocamos a CQR por uma BRUCE também de 20 kg. Estamos com a maioria.

Bjus, Bons Ventos e Boa Tensa!

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