Viver Não é Preciso.

Passamos alguns dias pensando em como descrever aqui neste blog as nossas expectativas sobre o estilo de vida dos velejadores de cruzeiro que tanto almejamos. João Sombra, em seu livro Conversando com o Guardian, já o fez:
"É o desbravar de novos conhecimentos, de uma nova vida, na qual não há espaço para as mediocridades advindas do viver nos tumultuados centros urbanos.
É o viver na expressão mais ampla da palavra, saciando nossa fome de conhecimento e cultura.
É viver sem medo, traumas e tensões provocadas pela mente humana. Viver como aliados da natureza e suas incriveis nuanças."

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Aventuras engraxadas!

Dêem-me uma alavanca e um ponto de apoio que moverei o Mundo.
Cara de "Será que devo"?
Acho que a atualização desta frase ficaria assim: Dêem-me um bom acesso ao google que poderei aprender e conhecer sobre tudo e sobre o Mundo. É possível encontrar todos os assuntos na net.
Muita gente faz por conta própria a maioria das manutenções ou instalações em seu próprio veleiro, seja pelo prazer, pela falta de mão de obra, que as vezes nem é tão qualificada ou devido aos preços serem geralmente puxados. Eu faço por todas estas razões e, principalmente, pelo Refrega ser um barco simples.
Sempre fui de fuçar nas coisas. Quando era garoto, tive mobylete. uma tremenda escola sobre os princípios do funcionamento de um motor. Fusca foi meu primeiro carro e ainda por cima meu cunhado era mecânico e eu o ajudava sempre que possível. Não que esses fatos me qualificaram como um "faz tudo" ou me tornaram mecânico. Mas que dá uma bela base e noção de como funcionam as coisas, isso dá. E tem outra dica importante, que aprendi com o Ricardo Amatucci durante sua palestra de manutenção no Mercury 3.3: se der alguma "cáca", ai sim chama um profissional, pois vc ia ter de pagar pra arrumar, então arrisque primeiro vc mesmo, se não souber, ai sim paga pra ele terminar!.
A lista de itens que fiz, foi a seguinte:
1 - troca de óleo do motor;
2 - troca dos filtros de óleo e de diesel;
3 - troca do fluído/água do radiador;
4 - troca do rotor da bomba de água salgada;
5 - regulagem da tensão da correia do alternador;
6 - troca dos retentores e regulagem das válvulas.

Este último foi o ponto alto. O Refrega tava queimando óleo "e vi por ai" que antes de propor a troca dos anéis, ou até mesmo uma retífica mais ampla, a troca dos retentores das válvulas poderiam minimizar a fumaça azul. Vamos nessa então. Na net consegui o manual original do proprietário, além da visão explodida de todas as partes do motor, e resolvi que ia me aventurar nesta operação também. Vi que era possível fazer esta troca sem desmontar o cabeçote, bastava tirar a tampa das válvulas, girar o motor com a ajuda de uma chave em uma das polias e ajustar o ponto para liberar as molas, soltar os balancins, tirar a trava das válvulas que as prendem nas molas, substituir os retentores. Um passeio no parque!. Foi bem tenso, confesso. Pois tem de soltar as guias das válvulas, as molas e outras partes mais. Passei um susto numa destas operações. Uma das válvulas desceu pelo cabeçote pra dentro do cilindro!!! Caraca ... agora teria de desmontar o cabeçote? FILHADAP!!! ... Respira ...  Opa, olha a sorte ai! Como a válvula funciona a 90º, em relação ao cilindro, ela caiu e ficou em pé no pistão. Quando eu girei o motor, na tentativa de fazê-la subir novamente, ela bateu no cabeçote!!!! Ai ai ai..... Mas tinha uma chance, olhando pelo orifício da válvula, dava pra vê-la "em pézinha"! Então a Glau enfiou uma chave de fenda bem fina para guiá-la e eu girei novamente o motor e ...Oiiii !!!! Ela subiu... Desta em diante, passamos a fazer a quatro mão para evitar que isso se repetisse e déssemos o azar de outra cair sobre o pistão. Daí pro fim deu tudo certo.
Depois de tudo trocado e montado, foi só regular as válvulas (0,30mm de folga). Outra coisa que aprendi foi "sangrar" para tirar o ar do circuito do diesel, proveniente da troca do filtro e ainda tive de desmontar as mangueiras que vão para o bico injetor. Pois é, elas passam por cima da tampa do cabeçote. Vamos dar a partida? Num é que pegou !...rsrs. Deu até pra perceber que estava melhor que antes. Mais redondo quando subia de giros. A fumaça melhorou muito. Depois que esquenta, ela praticamente desaparece.
Mãos de mecânico?
Mas , agora com o motor frio, e mais ainda naqueles dias friosos, com direito a garôa, que passamos nos dias atrás, sai uma fumaça branca. Em dias normais (quentes) ela não aparece. De acordo com informações do manual, isso pode ser: combustível adulterado, temperatura do motor muito baixa ou filtro de ar obstruído. E agora? Além de todas as coisas que mexi, ainda coloquei 100 litros de diesel Verana na Imperial. Devia ter uns 50 litros no meu tanque. Eu sempre uso o aditivo TECCON.
Será que a regulagem de válvulas e a troca do fluído e da água do radiador tão fazendo o motor esquentar menos? Meu motor sempre funcionou a 60º. Será que o diesel tava meia boca?
De dezembro em diante vamos rodar bastante. Vamos ver como fica.

Semana que vem tem mais manuntenção. Geladeira nova, caçar uns pontos de ferrugem aqui e ali e outras coisinhas a mais pra ficar "Tranks" para as férias.

Vamo que Vamo.

Bons Ventos  (e calor)!!!

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

É como se "sêssi"!!

Feriadaço!! Fomos para vários lugares: pra sala, pra cozinha, banheiro e quarto! Turismo em casa.
Resolvemos ficar em casa para que a Aline relaxe e possa ainda estudar para o vestibular da FUVEST do dia 25/11. Reta final.
Então, como dizem que planejar uma viagem é viajar duas vezes, vou falar de nosso últimos passeio, pois penso que isso também dá a sensação de viajar/passear "de novo".


Dessa vez levamos minha cunhada Thelma para passear. Ela já tinha ido uma vez para Paraty conosco, mas devido a uns probleminhas acabamos nem saindo com o barco. É sempre legal ver a reação de tranquilidade, curtição e paz que as pessoas que nunca tiveram a oportunidade de andar num veleiro experimentam. Mergulhar mesmo que o dia não esteja muito favorável é básico, por exemplo!


O PessoALL da vela tinha combinado de ir até a Ilha do Cedro. Dependendo do tempo, íamos nos reunir na praia em frente ao Bar do Nelson, apesar de estar fechado o restaurante, ele ainda pode servir bebidas na praia. Foi uma boa velejada na ida. Mas a chuva não deu trégua. A maioria da turma ficou ancorado na prainha ao lado, mas como a gente já estava ancorado em frente ao bar da Dita, por lá ficamos mesmo. Acabou que rolou apenas "eventos" num barco ou outro onde a turma se reunia.
Mas o legal foi o encontro na Praia de Tarituba. Lá, o ponto alto foi juntar todo mundo pra comer o tal Peixe Maluco. Muito bom.
Lá acabamos encontrando a Tereza e Luis (Avis Rara) e o casal Germano e Cris (Azougue). Foi ótimo revê-los. Rolou uma tapioca a bordo do Avis Rara e um churras no Refrega.
Voltamos velejando juntos para um pernoite na Cotia. Vários bordos, pois o vento tava muito de Sul (quase na cara).

Já fiz várias manutenções no Refrega visando estar preparado para as esperadas férias. Farei um post sobre isso, pois depois de mexer em vários itens ao mesmo tempo, não sei ao certo o que está fazendo com que saia uma fumaça branca quando motoramos com tempo frio.

Bons Ventos (e tempo quente) sempre.