Meus últimos posts estão meio "nublados" diante dos problemas de manutenção, e isso por que estou "em casa" e não numa travessia. Mas isso não é motivo pra me desanimar nem desanimar quem estiver pesquisando e, porventura, ler meus textos e relatos.
Ontem eu tava sapiando o blog do Hélio do Veleiro Maracatu. Tem um post sobre o Comandante Aleixo Belov, do Veleiro Fraternidade, que está em sua 4ª volta ao Mundo. Ambos fazem parte da minha leitura obrigatória. Quando vemos velejadores que estão realizando seus sonhos pelo mundo ou curtindo a vida a bordo de seus barcos, pensamos que tudo é sempre alegria, fácil, etc.
Mas um trecho do texto do Aleixo me deixou bastante empolgado e tranquilizado, pois agora tenho certeza que por mais que eu esteja falando do lado ruim de ter um barco, não irei desmotivar a todos. Vejam o trecho:
"Chegamos no final da tarde do dia 8 de julho, depois de atravessar a grande barreira de corais e navegar por 15 milhas em águas interiores. Pelo rádio não conseguimos contato e ficamos ancorados até o amanhecer, para só então tentar uma vaga na marina. Fundear foi difícil, pois o porto era todo marcado com áreas restritas e estava superlotado de barcos. Encaixei-me num cantinho, mas quando o vento Oeste entrou de manhã, foi um tal de remanejar, que terminei tendo que lançar o ferro quatro vezes nas primeiras 24 horas. O Fraternidade com seus 21,50m de comprimento, lançando 60 m de corrente, quando girava, era o terror dos pequenos barquinhos. Só quando consegui uma vaga apertada na marina, que com um pouco de sorte consegui entrar sem arranhar ninguém, descontraí para descansar. Tem gente que pensa que navegar é só alegria. Aliás, isto só serve mesmo para quem gosta."
Bons Ventos
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