Viver Não é Preciso.

Passamos alguns dias pensando em como descrever aqui neste blog as nossas expectativas sobre o estilo de vida dos velejadores de cruzeiro que tanto almejamos. João Sombra, em seu livro Conversando com o Guardian, já o fez:
"É o desbravar de novos conhecimentos, de uma nova vida, na qual não há espaço para as mediocridades advindas do viver nos tumultuados centros urbanos.
É o viver na expressão mais ampla da palavra, saciando nossa fome de conhecimento e cultura.
É viver sem medo, traumas e tensões provocadas pela mente humana. Viver como aliados da natureza e suas incriveis nuanças."

O Veleiro Refrega FOI VENDIDO


Pois é! Resolvemos que, devido a uma série de acontecimentos recentes em nossa vida, precisamos dar um passo pra trás pra depois dar dois (ou mais) pra Frente.
Estamos pedindo R$ 72 mil. 
Para maiores informações, além deste blog, temos o blog do Veleiro Refrega  (http://veleirorefrega34.blogspot.com.br/)
Para contato, envie e-mail para cesarlima64@hotmail.com ou faça comentários no blog.

Grande abraço e obrigado.

Na Marina Aratu estava ao longe o casco azul do Refrega (no centro)

Encontramos o Refrega a venda em Aratu, na Bahia. Consta que foi construido em baixo de um coqueiral pelo Marcelo, cujo sonho era dar a volta ao mundo a bordo de seu veleiro. E deu !!!!
Pronto! Barco comprado. Um veleiro de aço de 34 pés, com muito espaço interno, seguro e dócil pra se velejar (como dizem: uma casinha... rsrs). Era exatamente o que estávamos querendo como “porta de entrada” para o mundo da vela.
Cristina Berringer, tia da minha esposa, foi quem tratou de dar um empurrãozinho quando dissemos que tínhamos de trazer o Refrega de lá. Desde o início, ela vinha nos apresentando amigos que pudessem nos orientar em todas as etapas.
O plano inicial foi: O Grande Comandante Janjão (veleiro Sweet), Cris, Glaucia e eu fomos para Aratu nos preparar para a travessia. Não deu certo. Em função de compromissos “chatos” (trabalho, etc), tínhamos apenas 15 dias para os últimos preparativos e para a viagem. Porém, pegamos aquela temporada de frentes frias (maio/10) que chegavam forte ao litoral nordestino. Nem chegamos a sair de Aratu.
A segunda tentativa frustrada foi com um skipper local que viajou por cinco dias. Depois de muita manobra e pouco avanço, abortou a viagem julgando que seria arriscada tanto para ele quanto para o Refrega.
Bem...., depois de muitas lágrimas de frustração, considerações e algumas contas, chegamos a conclusão que ao invés de esperar até novembro, segundo disseram seria o melhor período para a nova viagem , resolvemos trazer o Refrega de caminhão mesmo. Nota 10 para a transportadora Transgenic. Para isso, fiz minha primeira velejada solo com o Refrega da Marina de Aratu até a Bahia Marina, em Salvador. Foi a minha melhor e mais "corajosa" aventura.
Entre “mortos e feridos” pudemos aproveitar o Refrega em Paraty no mês seguinte na companhia calorosa dos novos amigos, sem ter que ficar despencando para Salvador pelo menos uma vez por mês, fora outras despesas que teríamos com estadia e a próximo tentativa de travessia.

Chegando aqui pensamos até em mudar o nome do barco. De acordo com o dicionário, Refrega quer dizer: Combater, pelejar; lutar, brigar. Mas não mudamos. No nordeste é um termo que descreve um tipo de vento: Vento tempestuoso ou que sopra às lufadas, sendo, porém, mais fraco que a rajada. É desse significado que gostamos.
Ao final de muito trabalho, enfim pudemos começar a curtir nossa iniciação na vela.

Um comentário:

  1. Grandes Gláucia e César, que prazer enorme encontrar esse blog de vocês. Espero poder participar um pouquinho do CCL por aqui (se não posso estar de corpo, mando a alma, fazer o que?).

    Quando voltar, me procura e eu vou te dar umas aulinhas de vídeo em troca de uma cerveja gelada ;-)

    Não sei porque, mas não dá pra postar nos seus últimos blogs... Não tem problema, posto neste aqui mesmo.

    Bom CCL pra vocês e cuidem muito bem do meu vizinho.

    Grande abraço,

    Hélio
    Svolvaer

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