Viver Não é Preciso.

Passamos alguns dias pensando em como descrever aqui neste blog as nossas expectativas sobre o estilo de vida dos velejadores de cruzeiro que tanto almejamos. João Sombra, em seu livro Conversando com o Guardian, já o fez:
"É o desbravar de novos conhecimentos, de uma nova vida, na qual não há espaço para as mediocridades advindas do viver nos tumultuados centros urbanos.
É o viver na expressão mais ampla da palavra, saciando nossa fome de conhecimento e cultura.
É viver sem medo, traumas e tensões provocadas pela mente humana. Viver como aliados da natureza e suas incriveis nuanças."

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Tem de ser feito. Mas por quem?

Publicamos no blog do Refrega alguns detalhes da reforma que fizemos no início deste mês (parte 1). Clique na foto à direita desta página, se quiser acompanhar. De um modo geral, foi um trabalho de qualidade.
Mas também tivemos outros profissionais envolvidos, além da pintura. Por eles é que a grande lição que aprendemos ("de novo") - desta vez - foi a seguinte: procure aprender sobre o quê e como devem ser feito os serviços num barco. De agora em diante iremos fazer, e já fazemos muito, a maioria dos serviços no Refrega. Se não conseguirmos, contratamos, pois já que muitas vezes temos de refazer ou reclamar de algo, contratamos pra consertar ou refazer o que não conseguimos.
A prestação de serviço no mundo náutico é complicada. Tá certo que é complicada em praticamente todos os setores. Mas devido a diversos fatores específicos,  relacionados aos poucos profissionais competentes disponíveis, a falta de grana da maioria dos proprietários (que choram muito e adoram improvisar), a pouca oferta de peças com preços razoáveis você tem sempre dor de cabeça. Mesmo não pagando pouco!
O que pega mesmo é a falta de profissionalismo e responsabilidade de muitos deles - muitos creio que é exagero. Principalmente aqueles que tem de ajustar algumas coisas, refazer uma peça e outros serviços especializados? Pronto, são estes que geralmente vão te deixar na mão devido aos atrasos, serviços sujo, não fazem certo, etc!

Mas vamos em frente que o importante é saber que crescemos e aprendemos com tudo nessa vida!

Bons Ventos!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

O Refrega voltou pra água

Pronta para pedalar!
Duas Semanas:  Esse foi tempo que Investimos na reforma de nosso barquinho.
Janjão e Ivany: muitos mimos.
Principalmente a Glaucia que ficou estas duas semana em Paraty, acolhida no Veleiro Sweet do Janjão e Ivany, para acompanhar de perto os trabalhos feitos pela equipe do Benoit (Ship Chandler) na Marina Porto Imperial.
Sua rotina diária: acordava cedo, assim como seu anfitrião que é chegado a madrugar e comprar os pãezinhos pro café da manhã logo que saem do forno. Pegava a bike e pedalava até a Imperial. Vinha para almoçar (claro que no Sweet) e voltava e ficava até umas 17h. A estes amigos, Janjão e Ivany, que nos acompanham e auxiliam desde o início, obrigado é pouco.
Ai você pode perguntar: tô pagandu, pra que acompanhar? Apesar da contratação do serviço, e os caras terem experiência no que fazem, no nosso caso e em muitos outros também, sempre que você tira o barco da água surgem muitas surpresas.
Saiu da água assim.............
Quando você pensa que é só pintar o fundo com a venenosa (tinta que evita a proliferação de cracas no casco) e trocar uns anodos (metal que serve pra enferrujar no lugar do barco), com o barco no seco você pode descobrir bolhas nos casco (a tal da osmose), eixo da hélice empenado, folga nas buchas do leme ou do eixo, ferrugem, etc. Enfim, é uma surpresa pra você e para o cara que vai fazer o serviço, pois geralmente vai dar muito mais trabalho e mais custo do que se imaginava. Mas é assim mesmo. Você pode fazer o básico, dar uma "gambiarra" aqui e ali. Mas pense que seu barco é seu porto seguro e o conforto e segurança nos passeios, e até sua vida em determinados tipos de viagens, depende do bom funcionamento de seu barco e por isso as manutenções, substituições e melhorias são a única opção.
... passou por várias "intervenções"....
A grana? ..... bom isso geralmente chamamos de Despesa! Sim, dependendo dos casos, são grandes. Se você tem cuidados preventivos e faz revisões e pequenos consertos logo que surge a necessidade, isso fará com que você não tenha grandes desembolsos. Esta nossa empreitada doeu no bolso. Quando compramos o Refrega na Bahia, confessamos que não fizemos algo importante:saber como estava o fundo do barco. Quando ele saiu da água para embarcar no caminhão, eu já estava em São Paulo. Lá em Salvador pedi para que fizessem a pintura venenosa. Foi quando me disseram que o fundo estava razoável e que poderia ser repintado. Passado um ano, tiramos agora da água e vimos que além de não ter mais venenosa em alguns pontos, a chapa de aço também estava exposta sem nenhuma proteção de primer ou outro tipo de tinta. Por isso tivemos que remover tudo para refazer desde o início, poie é como eu disse, não adianta economizar num lado se o custo no futuro pode vir associado a um acidente ou coisa pior.
... pra ficar até que bonitão!!!
Mas é por isso tudo que você tem de pensar que é investimento. Se não é no barco, é investimento no seu prazer, na sua segurança e tranquilidade. Pra nós, é também investimento pro nosso futuro.

Detalharei a reforma logo logo no blog do Refrega.

Bons Ventos!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Pequenas férias de Julho.



Vista da praia da Ilha do Cedro (do Bar do Nelson). Até que dá pra perder umas horinhas ai!!!!!

Voltamos. E para o blog também. As férias acabaram. Foram 10 dias de ventos, clima e ancoragens até que bem variados.

No Primeiro Dia: só sorrisos!!!!
Partimos de Paraty em direção a Ilha Grande, sem a Aline que ficou estudando para as recuperações escolares mas com a Cris Berringer (Tia da Glau) nos dando o prazer de sua companhia. Mas as previsões, e o nosso amigo Janjão (Veleiro Sweet)que encontramos no caminho voltado da Ilha do Cedro, indicavam ventos de Sul/Sudoeste e ondas de 3,5 a 4 metros de Sudoeste. Decidimos então fazer um pernoite na Ilha da Cotia, pois havia previsão de melhora para o dia seguinte. Pela primeira vez fizemos a travessia pelo caminho mais curto entre Paraty e Ilha Grande que é seguindo praticamente numa reta até a Enseada do Sitío Forte. 5 horas com motor, ondas de 2 metros entrando pelo nosso boreste (lado esquerdo do barco) e pouco vento. Foi bem sussegado.


Todo mundo ajuda na "casinha".
Enseada do Sítio Forte, Araçatiba, Tarituba, Ilha do Cedro e Jurumirim foram nossas ancoragens. O Sol só veio mesmo nos útimos 4 dias.

É sempre um aprendizado estar a bordo. Os afazeres, os pensamentos, as vontades, ideias e decisões tem sempre de serem compartilhadas. Outra coisa que colocamos em prática foi o que andamos lendo sobre regulagem de vela. Alguns artigos e dicas "googadas" na Net e de um bom livro que nosso amigo Pablo (veleiro Sudestada), vizinho de vaga no pier, nos emprestou.



Segunda-feira.... dessa eu gosto!
Nestes bares não tem flanelinha pedindo pra tomar conta!














Nos encontramos com velejadores conhecidos de Paraty. Conheci a Telma a dona do Bar da Telma na Tapera. Recomendo experimentar o Leite da Macaca (tem gosto de papinha, mas com vodka.......rsrs).
A casa: muito charmosa e aconchegante.



O ponto alto mesmo da viagem foi conhecermos a amiga da Cris que mora numa bela casa de frente para o mar. Em cima de seus atuais 70 anos, mora sozinha, mergulha, Comanda sua pequena traineira sempre que precisa ir até Angra ou passear pelas redondezas. Inclusive foi com esta traineira que trouxe todo o material para a construção de sua casa..

Glaucia e Cris indo buscar coisas no Refrega




 O nosso sonho de morar no veleiro e conhecer o mundo ficou muito mais forte e mais possível, pois diante desta nossa nova amiga fica obvio que querer é poder.



Em frente a casa tem poita (boia com um peso no fundo onde se amarra a embarcação). Isso é um tremendo conforto, pois ficar jogando "ferro"(âncora) toda hora, além de consumir bateria para levantar a âncora, sempre fica aquele receio do barco "garrar" (a âncora soltar do fundo), caso você ainda não tenha prática nesta manobra, e você ter de sair correndo pra segurar e evitar um acidente. 




No  retorno para Paraty, ainda pudemos apreciar a pesca de um bando de golfinhos e aves marinhas dividindo um pobre cardume.

Chegamos mais perto deles , mas não tem foto!
Agora é focar no trabalho e na pequena manutenção anual do Refrega.

Esse tipo de imagem fica "tatuado" na retina e na memória!
Depois ponho outras fotinhos.

Beijos a todos e Bons Ventos!