Viver Não é Preciso.

Passamos alguns dias pensando em como descrever aqui neste blog as nossas expectativas sobre o estilo de vida dos velejadores de cruzeiro que tanto almejamos. João Sombra, em seu livro Conversando com o Guardian, já o fez:
"É o desbravar de novos conhecimentos, de uma nova vida, na qual não há espaço para as mediocridades advindas do viver nos tumultuados centros urbanos.
É o viver na expressão mais ampla da palavra, saciando nossa fome de conhecimento e cultura.
É viver sem medo, traumas e tensões provocadas pela mente humana. Viver como aliados da natureza e suas incriveis nuanças."

terça-feira, 10 de maio de 2011

Uma descoberta: Tem água no porão!

Sabe o “Trabalho” que comentei no post anterior? Tudo começou assim:
Conversando com uns Comandantes por ai, umas das coisas que sempre nos mandam fazer é:
 “Vocês tem de inspecionar o porão do Refrega!!! Antes e depois dos passeios!!!”
... Caraca ...que chatice ?!?!? Nem tanto, e isso já virou automático pra nós.

São muitas mangueiras e válvulas.
 É uma medida de segurança para verificar o estado das diversas mangueiras de água, conectores e fios elétricos, bombas de esgotamento de água, as válvulas de água salgada e um monte de outras traquitanas que ficam abaixo do piso.
Além disso, tem de procurar possíveis objetos pequenos soltos, tais como: cabelo e os respectivos elásticos, grampos e presilhas (e olha que sou careca!), moedas, pedaços de fios, fitas isolantes e tudo mais que teimam em cair por entre o piso e que poderão danificar ou entupir as bombas.
Outra coisa que podemos encontrar no porão é água. Caaalma... !!! Nem sempre isso quer dizer que você esteja afundando.... ainda. É muito comum encontrar um pouco de água em diversos barcos e que ainda estejam boiando.
Achou ruim encontrar água no porão? ...... saiba que você vai ter de provar!!! Só assim pra saber se é doce ou salgada. Pelo menos é o jeito que meus “colegas” da vela disseram pra fazer. Mas você pode pedir que uma visita / tripulante prove, sob o pretexto de ensiná-los sobre os macetes de ter um veleiro ou pedir a opinião de seu marinheiro....   

"Muitas janelas".
Se for doce, na maioria das vezes é da chuva que penetra pelas trincas ou borrachas ressecadas das vigias e gaiutas, pelo mastro (nos que atravessam o convés) ou de vazamentos dos próprios tanques e mangueiras de água.
Desde que compramos o Refrega, percebemos que teríamos de investir tempo e dinheiro em reparos nas gaiutas e vigias. As 14 vigias e 4 gaiutas deixam seu interior bem iluminado e arejado. O outro lado da moeda é que na hora de fazer manutenção, para controlar as infiltrações, já viu o trampo que pode dar.
Com a grana meio curta, o remédio tem sido o uso de um dos "equipamentos" obrigatórios de se ter em todos os barcos: O Silicone. O reparo definitivo entrou para a lista de manutenção.
Se for água salgada pode ser mais grave, já que tem bastante no oceano em volta do barco. Pode vir das mangueiras de refrigeração do motor, da junta/parafuso da quilha, da gaxeta, dos registros de entrada de água do mar (para motor/pia), etc.

Este é o suporte da gaxeta no eixo da hélice
Vimos então que a água era mesmo salgada (arght!) e que vinha da gaxeta.
Gaxeta é um tipo de cordão que envolve o eixo que vai do motor até a hélice propulsora, vedando o furo do casco. A última vez que trocamos e ajustamos as gaxetas foi no começo de Janeiro/11, nos primeiros dias das férias. Estamos falando de aproximadamente 200 horas de uso sem mexer. Até que aguenta bem.
Veja no blog Veleiro Refrega 34 mais detalhes deste conserto, no nosso estilo “faça você mesmo”.

Bons Ventos!

Nenhum comentário:

Postar um comentário